13 de maio de 2009

Quimioterapia e seus efeitos

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Hoje estou um pouco mais feliz, na segunda feira foi dia de quimioterapia, minha grande amiga logo depois do seu tratamento veio, ficar aqui comigo em casa, claro que como enfermeira posso dar um suporte maior pra ela e graças a Deus ela não teve tantos enjôos, conseguimos ajustar a dose do remédio de uma maneira mais favorável, claro que ela passou super mal, com tremedeiras, vomitou muito, mas não teve crises de choros, e os efeitos colaterais foram bem menores que antes. Nessas situações cada pequena conquista vale muito e tenho certeza que aos poucos vamos conseguir a vitória!
Hoje quarta feira quero falar um pouquinho sobre saúde! quero então falar sobre os cuidados que se deve ter com pacientes em fase de quimioterapia. Vamos lá!


Efeitos Colaterais de quimioterapia.



Queda de cabelo (alopecia)

A queda de cabelo, ou alopecia, é o efeito colateral mais temido pelos pacientes que se preparam para iniciar o tratamento quimioterápico. Apesar de bastante comum, a alopecia nem sempre ocorre: sua incidência varia de acordo com os medicamentos utilizados no tratamento.
A queda de cabelo costuma ter início na segunda ou terceira semana do tratamento, acentuando-se a cada novo ciclo de quimioterapia. Apesar de ser mais evidente no couro cabeludo, pode também ocorrer em outras partes do corpo.
A alopecia ocorre por ação da quimioterapia sobre as células em divisão na raiz dos cabelos. Sua intensidade varia conforme os medicamentos empregados e a sensibilidade de cada paciente. Pode não ocorre, apresentar-se como uma queda parcial, deixando os cabelos apenas mais ralos, ou ser completa.

Alterações nas células do sangue

As células da medula óssea são bastante sensíveis à agressão causada pelos agentes quimioterápicos. Como conseqüência, os glóbulos brancos (leucócitos) e vermelhos (hemácias), assim como as plaquetas podem ter suas produções comprometidas, determinando queda em suas contagens no sangue.

Redução dos leucócitos (leucopenia)

Os leucócitos são as células do sangue encarregadas da defesa do organismo contra infecções. Sendo constantemente produzidos pela medula óssea, circulam no sangue por alguns dias e migram para os tecidos onde vão destruir os microorganismos invasores. Por isso, a queda na contagem de leucócitos no sangue (leucopenia) predispõe o organismo a infecções.

Redução das hemácias (anemia)

Os glóbulos vermelhos permanecem na circulação por períodos muito maiores que os leucócitos. Por isso, a anemia - queda na contagem dos glóbulos vermelhos no sangue - torna-se evidente somente após alguns ciclos de quimioterapia.
A anemia causa uma série de sintomas, como: palidez, fadiga e palpitações durante esforços, podendo ser corrigida com o uso de transfusões de concentrados de glóbulos vermelhos. Em alguns casos, pode-se tentar evitar a instalação da anemia pelo uso de eritropoetina.

Redução das plaquetas (plaquetopenia)

As plaquetas são elementos que bloqueiam a saída de sangue dos vasos sangüíneos em casos de lesão de suas paredes. A queda na contagem de plaquetas (plaquetopenia) pode determinar o surgimento de pequenos sangramentos espontâneos e comprometer a capacidade do organismo para bloquear hemorragias em casos de acidentes.
Atualmente, o único recurso disponível para evitar hemorragias quando a contagem de plaquetas está muito baixa é a transfusão de concentrados de plaquetas.

Mucosite e Diarréia

A mucosa que reveste o tubo digestivo apresenta grande capacidade de regeneração. A boca, por exemplo, sofre diariamente pequenas lesões, enquanto o revestimento do intestino descama continuamente sua superfície.

Náuseas e Vômitos

Trata-se de uma reação comum ao uso de alguns quimioterápicos e, na maioria dos casos, pode ser controlada com medicamentos específicos.
A sensibilidade individual aos quimioterápicos apresenta grande variação. Durante a aplicação de um mesmo protocolo, algumas pessoas nunca sentem náusea, enquanto outras se mostram freqüentemente nauseadas. As náuseas e os vômitos podem ocorrer tanto por irritação da superfície do estômago como pela ação dos quimioterápicos sobre o sistema nervoso central.
O controle da náusea é obtido pelo uso de medicamentos específicos, os antieméticos, aplicados durante a quimioterapia e nos dias que se seguem ao tratamento. Náuseas e vômitos devem ser sempre relatados para que se possa determinar ajuste das medicações às necessidades de cada paciente.

Efeitos tóxicos sobre o sistema nervoso

Alterações neurológicas fazem parte dos efeitos colaterais mais comuns durante o tratamento quimioterápico. Formigamento de extremidades, sensação de queimação, adormecimento das mãos e dos pés e zumbido nos ouvidos são as manifestações mais freqüentes da agressão às células nervosas, regredindo após o término do tratamento.
Na maioria das vezes, tais efeitos são leves e bem tolerados, exigindo apenas alguns cuidados a mais para a realização das atividades cotidianas. Podem, entretanto, se apresentar com maior intensidade e requerer modificações no tratamento. A equipe médica deve ser informada sobre esses sintomas.

Alterações sexuais

A quimioterapia pode causar danos às células germinativas presentes nos ovários e testículos, determinando a esterilidade transitória ou permanente, com as alterações hormonais correspondentes, tanto no homem como na mulher.
Na mulher, pode ocorrer a suspensão da menstruação (amenorréia), podendo evoluir para menopausa, com a manifestação de todos os seus sintomas (ondas de calor, alterações vaginais, etc.). Já nos homens, essas alterações determinam mínimos sintomas.
As alterações vaginais exigem cuidados especiais. Em pacientes com vida sexual ativa, o uso de gel lubrificante (solúvel em água) pode corrigir a secura vaginal, que costuma dificultar a relação sexual e se necessário, o uso de métodos anticoncepcionais deve ser discutido.
Havendo dor, sangramento ou prurido vaginal, recomenda-se que a paciente seja avaliada por seu ginecologista e avise a equipe médica.
Para homens muito jovens, ou que planejam novos filhos, existe a alternativa de congelar o sêmen antes que se inicie a quimioterapia. Esse procedimento permitiria uma gravidez no futuro.
O desejo sexual pode diminuir. Esse comprometimento da libido é bastante complexo, sendo em grande parte explicado pelo estresse do diagnóstico, associado à diminuição da disposição física determinada pela doença e pelo seu tratamento.
O paciente deve abrir mão de suas inibições e esclarecer todas as possíveis dúvidas em relação às atividades sexuais com a equipe médica, que levará em consideração as particularidades de cada caso.

Obstipação (prisão de ventre)

A obstipação pode ocorrer em conseqüência do tratamento ou das alterações nos hábitos alimentares e pessoais que o paciente experimenta nesse período.
Em geral, a redução da ingestão de alimentos, especialmente, os ricos em fibras e a inatividade física são os principais responsáveis pela obstipação.
Algumas medidas simples podem resolver o problema:
• Aumento da quantidade de alimentos ricos em fibra na dieta;
• Ingestão de um maior volume de líquidos;
• Atividade física regular.
O uso de laxativos está reservado aos pacientes que não responderem a essas medidas simples, ou aos que já vinham fazendo uso desses medicamentos.

Alterações de pele e unha

Alguns agentes quimioterápicos podem causar alterações na pele, sendo as mais freqüentes: prurido, vermelhidão, descamação, ressecamento e acne.
Além disso, as unhas podem se tornar escuras e quebradiças.
Existem medicamentos que, quando administrados em veias, determinam escurecimento da pele, especialmente nas áreas que recobrem as veias pelas quais esses medicamentos foram aplicados.

Instabilidade emocional

É comum, durante o tratamento, que o paciente experimente sensações de mudanças de humor. Se isto acontecer, não se preocupe. Avise seu médico e se possível procure apoio psicológico. Contar com o apoio social (familiar e dos amigos) e espiritual também é de fundamental importância.
Todos esses efeitos costumam regredir alguns meses após o término do tratamento.

Consulte sempre seu médico!
beijos!

2 comentários:

Alan Sanches deputado estadual 15600 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alan Sanches deputado estadual 15600 disse...

Bom Dia!!!
li seu texo sobre os Efeitos Colaterais da Quimioterapia... Terminei de fazer a minha em Outubro de 2008, e somente agora é que aparecem problemas nas minhas unhas, estão enfraquecidas, e algumas com a raiz se deteriorando... meus ouvidos? nunca mais foram os mesmos... principalmente o do lado direito, onde fiz também o Quadrante de mama e depois o esvaziamento de Axila. Fui pacinete HER2 Positivo e ainda faço HERCEPTIN ADJUVANTE até março de 2010.
Mas diante de tudo isto... prá mim... é bobagem... diante do que passei "O SUSTO", Pois sou paciente do "SUS". Mas deu tudo certo... Graças a Deus o Pai e o Espírito Santo que é são meus companheiros e amigos de verdade.
Batalhei e consegui meu tratamento em tempo Récord , que é a Priori de todo este desfeche.
GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS... e PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE!!! E EU CONSEGUI...SOU VITORIOSA... SOU LÚCIA MARIA, A GUERREIRA... PORQUE ASSIM DEUS O QUIS... Nao queria e nem quero morrer agora... quero ver meus netos e meus bisnetos... risos

11 de Setembro de 2009 09:04