11 de setembro de 2009

Depressão e Gestação

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Depressão e gestação: Novo relato pondera opções de tratamento

Um trabalho realizado em associação da American Psychiatric Association (APA) e American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) objetiva promover uma nova fonte de informação para médicos que cuidam de gestantes que desenvolveram desordem depressiva maior ou apresentam o risco de desenvolvê-la.

O relato assinado por Dr. Kimberly A. Yonkers, Department of Psychiatry, Department of Obstetrics, Gynecology, e Department Reproductive Sciences, Yale School of Medicine, New Haven, Connecticut, objetiva orientar médicos e pacientes sobre os riscos e benefícios de várias opções de tratamento.

O relato inclui uma revisão extensa da pesquisa existente e uma lista de tratamentos.

Dr. Yonkers relatou que em termos de desfecho do parto, tanto a depressão quanto o tratamento antidepressivo oferecem riscos e podem estar associados a eventos adversos. Contudo os dados até este momento são inconclusivos.

Além disto, os autores descreveram que a pesquisa disponível não foi adequadamente controlada devido a outros fatores que influenciam os desfechos dos partos incluindo doença materna ou comportamento problemático. O uso de medicações múltiplas durante a gestação também tornou difícil o acesso ao efeito de um composto simples como um antidepressivo nos desfechos materno e fetal.

De acordo com o relato, entre 14% e 23% de mulheres grávidas apresentam sintomas depressivos e aproximadamente 13% das mulheres em 2003 ingeriram algum antidepressivo em algum momento da gestação. Assim, médicos e pacientes necessitam informação atualizada para subsidiar as decisões dobre o tratamento de depressão durante a gestação.

No relato os autores pretenderam definir riscos maternos e neonatais tanto da depressão quanto do uso dos medicamentos e desenvolver algoritmos para o tratamento perigestacional e antenatal.

Ao final da revisão, os autores concluíram que embora ambas as possibilidades estejam associadas a partos prematuros e bebês pequenos para a idade gestacional (PIG), a maioria dos estudos que avaliou os riscos do uso de antidepressivos foi incapaz de controlar os possíveis efeitos de uma desordem depressiva.


Os pesquisadores concluíram também que:

- Neonatos de mães com desordem depressiva apresentaram um risco maior de irritabilidade, menor atenção e atividade, e menos expressões faciais comparados aos nascidos de mães não depressivas.

- Vários estudos relataram má formação fetal em associação com exposição no primeiro trimestre a antidepressivos, porém, sem padrões específicos de defeitos relacionados à classe de agentes ou medicações individuais.

- A associação entre paroxitina e defeitos cardíacos é mais comumente encontrada em estudos que incluíram todas as más formações, do que má formação clinicamente significante.

- O uso tardio de antidepressivos com inibidores de recaptação seletiva de serotonina está associado com sinais neonatais transitórios e aumento do risco de hipertensão pulmonar persistente no neonato.

- A maioria dos estudos não demonstrou uma associação entre o uso de antidepressivos tricíclicos na gestação e má formação estrutural, mas antidepressivos tricíclicos estão associados com aumento das complicações perinatais como irritabilidade e convulsões neonatais.

Os cenários mais comuns são:


Mulheres com intenção de engravidar:

- Descontinuar a medicação para aquelas sem sintomas ou com sintomas moderados de depressão por 6 meses ou mais.

- Esta conduta pode não ser apropriada para mulheres com uma história de depressão recorrente ou grave (ou que apresentem psicose, desordem bipolar, ou outras doenças psiquiátricas que exijam medicação ou pacientes com história de tentativas de suicídio)


Mulheres grávidas com medicação para depressão

- Após uma consulta ao psiquiatra e ao obstetra, pacientes estáveis que prefiram permanecer com medicação poderão fazê-lo.

- Para aquelas que queiram descontinuar a medicação e não esteja sintomáticas, a descontinuação da droga pode ser tentada. Contudo pacientes com história de depressão recorrente apresentam alto risco de recidiva.

- Aquelas com depressão recorrente ou sintomas a despeito da medicação podem beneficiar-se de psicoterapia.

- Mulheres com depressão grave devem permanecer com medicação. Em caso de recusa da paciente, tratamentos alternativos e monitorização podem ser tentados de preferência antes da descontinuação.


Gestantes não usuárias de medicação

- Para aquelas que queiram evitar a medicação antidepressiva, a psicoterapia pode ser benéfica.

- Para as que prefiram medicação riscos e benefícios do tratamento devem ser avaliados e discutidos.

Além disso, a despeito das circunstâncias, qualquer gestante com sintomas suicidas ou psicóticos devem procurar consulta médica imediata.

As limitações deste trabalho são que, somente uma minoria de estudos revistos incluiu informação de doença psiquiátrica materna. Estudos com informações detalhadas sobre diagnósticos e antidepressivos são pequenos e com pouco poder para realizar associações.

Além disso, fatores de confusão como: cuidado pré-natal precário, uso de drogas, álcool e nicotina apresentaram controle irregular.

Dr. Yonkers conclui que, a história psiquiátrica da paciente e suas escolhas estão entre os fatores mais importantes que devem ser levados em consideração. Ele complementa destacando a associação entre as duas sociedades relacionadas, combinação essa muito útil ao estudo e à melhora do prognóstico das pacientes.

Fonte :
Deborah Brauser
Medcenter

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1 comentários:

Elaine® (Eimy) disse...

Olá querida, vim agradecer a sua passadinha no meu blog,aproveito para conhecer o seu, que aliás é muito bom, bastante informação e muito bonitinho, sua família é linda e linda a sua profissão, Deus te abençoe e tenha um lindo final de semana, volte mais vezes, farei o mesmo.
beijokas...